Dados da ABPO apontam que o número de animais abatidos aumentou 66%, saltando de 78 mil para mais de 130 mil cabeças
A produção de carne sustentável e orgânica do Pantanal cresceu em Mato Grosso do Sul. Dados da ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável) apontam que o número de animais abatidos e considerados orgânicos e/ou sustentáveis aumentou 66% de um ano para o outro, saltando de 78 mil para mais de 130 mil cabeças.
O destaque fica para os animais machos, sendo cerca de 70% classificados com acabamento de gordura excelente para o mercado.
“Isso significa produto com mais tempo de gôndola, então nossos parceiros do varejo têm uma tranquilidade maior pra trabalhar esse produto. Produto com melhor apresentação nas embalagens e com mais qualidade, com mais sabor, mais maciez.”
Silvio Balduíno, diretor-executivo da ABPO
Conforme a ABPO, junto ao volume de produtores, os incentivos avançaram, saltando de R$ 8 milhões, em 2022, para R$ 12 milhões no ano passado.
“Mais de 150% de incremento de volume de abate em dois anos. A gente tem o apoio de uma política pública do governo do estado que concede o incentivo fiscal para os animais que são oriundos de propriedades certificadas e animais certificados. Isso tem sido um grande incentivador para adesão dos produtores ao programa. Mas a gente tem também a sociedade evoluindo, cada vez mais interessada em conhecer os produtos que ela consome.”
Balduíno, diretor-executivo da ABPO
O produtor rural Leonardo Barros aponta duas características do produto. “A nossa carne tem uma identificação de origem, que é o Pantanal. Esses animais comeram pastagem nativa do Pantanal. A segunda característica é que toda a carne que entra aqui é certificada. Nós temos dois tipos de certificação: orgânica e sustentável. Eles têm em comum uma preocupação muito grande com a questão social e ambiental.”